quarta-feira, 21 de agosto de 2013

BÍBLIA CATÓLICA OU PROTESTANTE?



 
“Por que razão a Bíblia Católica tem 73 livros, quando a Protestante tem apenas 66? Qual delas é a certa?”
O Novo Testamento, tanto nas bíblias católicas como nas protestantes, não apresenta qualquer diferença quanto à quantidade de livros. Todavia, o mesmo não ocorre com o Velho Testamento, pelas razões seguintes:
a) Segundo o Concilio de Rabinos de Jâmnia, realizado entre 90 e 100 d.C, o Velho Testamento constitui-se apenas de 39 livros constantes da bíblias evangélicas, mas a Igreja Católica Romana, no Concilio de Trento (1546) resolveu afirmar solenemente a canonicidade dos apócrifos (livros completos e aditamentos);
b) Em virtude de ter aceitado muitas inovações doutrinárias, o catolicismo romano foi obrigado afastar-se da Bíblia. O rompimento não foi imediato, mas gradativo: Jerônimo e Crisóstomo insistiram na leitura da Bíblia. Agostinho considerava as traduções dela um meio abençoado de pregar a Palavra de Deus entre as nações. Gregório I recomendou a sua leitura. As restrições começaram com Hildebrando, que proibiu aos boêmios a leitura da Bíblia. Inocêncio III, em 1215, impediu o povo de ler a Palavra de Deus em sua língua materna, mas somente em latim, língua conhecida apenas por alguns eruditos. Clemente XI condenou a leitura da Bíblia pelos leigos, etc.
c) O Concílio Tridetino foi um dos pontos salientes da Contrarreforma Católica. Com o progresso do protestantismo, a Bíblia foi colocada nas mãos do povo, que percebia claramente na sua leitura, o quanto o romanismo afastara-se da sã doutrina apostólica. O clero romano pressionado e desafiado a sustentar na Palavra de Deus suas doutrinas foi forçado a aceitar uma autoridade religiosa – a tradição – e canonizar os apócrifos, nos quais muitos dos falsos dogmas poderiam ser sustentados;
d) A própria canonização constitui a maior prova de que tais livros, até o Concilio de Trento (1546) não eram considerados, mesmo pelos católicos, como escritos sob inspiração divina. Os motivos da rejeição de tais livros por parte dos rabinos judeus são: porque tinham sido escritos depois de Esdras e Neemias (Eclesiástico e 1 Macabeus) quando se cria que a inspiração havia cessado; porque foram escritos em grego ou pelo menos, por se desconhecer seu possível original hebraico (Sabedoria e 2 Macabeus); porque seu texto hebraico (ou aramaico) estava perdido na ocasião do Concilio (Judite, Tobias, Baruc).
e) Em conclusão, a Bíblia certa é aquela traduzida por entidades fiéis ao texto sagrado, descomprometidas com o falso ecumenismo ou seitas heréticas; é aquela que não apresenta livros e aditamentos espúrios, e nem mesmo anotações capciosas tendentes a desviar o leitor da sã doutrina da Palavra de Deus. Contudo, muitos católicos sinceros, ao examinarem humildemente o texto sagrado de suas próprias Bíblias, encontraram nele a orientação segura para o único caminho da salvação, Jesus Cristo, e hoje servem ao Mestre nas diversas denominações evangélicas.

FONTE: Livro: A Bíblia Responde; CPAD; 

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