terça-feira, 21 de novembro de 2017

Dar seu testemunho não é pregar o evangelho, defende pastor


“Eu não estou tentando ser o próximo Billy Graham, sou apenas o Will Graham”, afirma o neto do famoso evangelista. Filho de Franklin, aos 42 anos ele é o vice-presidente da Associação Evangelística Billy Graham, um dos ministérios mais respeitados do mundo.

Desde 2006 ele tem liderado cruzadas evangelísticas no mesmo estilo que foram a base do trabalho de seu avô. “Tenho um fogo em meu coração para pregar o Evangelho de Jesus Cristo. Se for para um estádio cheio de pessoas ou apenas uma pessoa na rua, eu farei o que Deus está me chamando para fazer”, enfatiza o pastor.

Em um artigo para a Evangelical Focus, ele chamou atenção dos cristãos para não misturarem as coisas. Ele deixou claro que há muita confusão quando se fala em evangelizar. “É sempre importante ressaltar que o Evangelho não é: Deus me livrou da cocaína. Deus restaurou minha família. Deus me deu muita paz e alegria. Descobri que há um propósito maravilhoso para minha vida. Agora sinto o amor de Deus. Em outras palavras, seu testemunho pessoal não é o Evangelho”, argumenta.

Embora reconheça que falar sobre suas experiências pessoais com Deus para um incrédulo, a mensagem não pode ser só essa. “O evangelho de Cristo é infinitamente mais importante do que os nossos testemunhos. Se tivermos que escolher entre pregar o Evangelho e compartilhar o nosso testemunho, o Evangelho deve sempre vir primeiro!”, aconselhou.

Citando o texto de 1 Coríntios 15:3-4, ele ressalta que sem falarmos da morte expiatória na cruz e da ressurreição literal de nosso salvador Jesus Cristo, não estamos de fato pregando. “O evangelho é sobre a vida de Cristo, não sobre a nossa. Por isso está errado repetir essa frase tão popular no mundo evangélico contemporâneo: “Temos que viver o Evangelho!”. Isso está errado. Não podemos viver o Evangelho porque o Evangelho foi vivido por uma pessoa, o bendito e puro rei da glória, Cristo”.

Segundo Will, “o que podemos fazer, na verdade, é vivermos de maneira digna (Efésios 4: 1) e viver de maneira que sejamos o ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador (Tito 2:10)”. Aprofundando o tema, ele destaca que os livros bíblicos escritos pelos apóstolos nunca pediram para ninguém viver o evangelho. “Tal conceito teria sido ridículo para eles, pois o evangelho é falar sobre Cristo, não falarmos sobre nós”, assegura.

O neto de Billy Graham destaca que a mensagem do evangelho é dupla. O primeiro elemento é negativo: todo pecador “está sob a ira de Deus”. No entanto, evangelho significa “boa notícia”, logo devemos deixar claro que “Cristo deu a Sua vida pelos pecadores como eu e você”.

Ainda segundo Will, “o evangelho também é um convite para a conversão. A pessoa não será salva por apenas ouvir o Evangelho. Ela precisa responder a essa mensagem”. Por isso, conclui o pastor, quando os cristãos disserem que estão pregando devem fazer o que a Bíblia ensina, não devem colocar as coisas boas que Deus fez por nós acima da mensagem que exige, antes de tudo, arrependimento e reconhecimento da necessidade de salvação.

Fonte: GOSPEL PRIME (por Jarbas Aragão)

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