sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Carta aberta ao apresentador Jô Soares

Escrevo aqui, pois por várias vezes tentei falar com sua produção mas nunca fui atendido. Se por ventura alguém conhecer alguém de sua produção ou quem sabe o próprio Jô, por favor, faça chegar ao seu conhecimento esta carta.

Uma das personalidades mais marcantes da Televisão Brasileira sem dúvida nenhuma é Jô Soares, munido de uma cultura ímpar adquirido nos melhores colégios da Suíça, portador de um raciocino rápido e inteligente consegue se manter como líder de audiência nas madrugadas há décadas. Mas foi o humor ainda bem jovem que despontou como artista, na saudosa Família Trapo onde contracenava com grandes nomes de nossa dramaturgia humorística. Com tanto brilho e carisma daí a ganhar um programa só seu foi um passo, exibindo variados tipos e personagens que estão na mente de todos nós brasileiros até hoje, e que se os relançasse fariam sucesso hoje porque são atemporais. Em nova fase já há quase duas décadas enveredou para o Talk Show, abrindo caminho de grande sucesso para um novo nicho de entretenimento, tendo trazido para sua cadeira e caneca as maiores personalidades brasileiras e internacionais de todas as áreas, com audiência fiel de milhões de pessoas que dizem não poder dormir sem o Jô.

Como membro desse enorme fã clube, às vezes me pergunto como um homem com tamanha cultura com uma equipe de produção das mais competentes, antenados em tudo que ocorre no mundo, às vezes forma juízo de valor sobre pessoas e as expõe ao seu grande público, como é o meu caso, onde fui citado várias vezes durante minha gestão como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e também recentemente ao abordarem o ocorrido com o Deputado Jair Bolsonaro, o querido Jô indagou sobre mim, e afirmando que eu não deveria estar na Comissão de Direitos Humanos, eu perguntaria POR QUE ESSE PRECONCEITO? Será por que sou evangélico? Será por que não sou de movimentos considerados "cult", nem carrego a bandeira vermelha? 


Teria a produção do Jô, tão competente, explicado a ele que não sou mais presidente da comissão desde o início deste ano, sendo as presidências de comissões anuais e que hoje sou apenas um entre tantos membros da comissão? Teria a produção do Jô procurado nos anais da Casa do Povo os trabalhos efetuados em minha gestão à frente da CDHM, tais como, audiências com índios que há anos não eram atendidos pela dita comissão? Bem como diversos assuntos de direitos humanos esquecidos como: adoção de crianças, prostituição infantil, quilombolas, trabalhos análogos a escravidão, assédio moral, suicídio de policiais, cidades inteiras contaminadas por chumbo? Será que não souberam que foi a CDHM a primeira comissão a aprovar a lei de cotas raciais para serviços públicos, etc? 

Ainda questionaria ao amado Jô se ele soube de algum trabalho da CDHM neste ano de 2014 sob a presidência do PT? O único trabalho "relevante" desta douta comissão foi aprovar um Requerimento de Visita ao presidiário José Dirceu que segundo denúncias estava tendo maus tratos na Papuda.
Acredito piamente que o querido Jô não foi informado destes e outros assuntos, mas me coloco aqui a disposição para sanar qualquer dúvida.

Peço ao amado Jô que seja justo em seus ponderamentos, e não caia na vala comum da parcialidade. 
Várias personalidades no limiar de sua existência reverteram suas posições em relação ao que teimosamente eram injustas, taí a ideia.

Querido Jô finalizo pedindo a Deus que derrame sobre sua vida as mais especiais bênçãos dos céus e lhe conserve em saúde.

Pastor Marco Feliciano
Deputado Federal
Membro da Comissão de Direitos Humanos
PSC/SP

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