Carolina do Norte pode punir juízes que se negarem a seguir a nova lei
por Jarbas Aragão
Quando o Estado da Carolina do Norte aprovou no mês passado uma lei que legaliza o casamento gay, o anúncio foi criticado por muitos. Logo nos primeiros dias, o juiz Gilbert Breedlove, 57 anos, que também é pastor evangélico, renunciou ao cargo.
Ele trabalhou por 24 anos como juiz para o Condado de Swain. Entre suas funções de juiz ele realizava casamentos no fórum. Como a união de pessoas do mesmo sexo vai contra sua fé, decidiu abandonar a função. Breedlove avisou que seu desejo era deixar um exemplo que pudesse incentivar outros magistrados a se posicionar.
No dia seguinte, John Kallam Jr., juiz do condado de Rockingham, também apresentou sua renúncia, citando que isso era contra sua fé. Kallam afirma que fazer casamentos homossexuais seria “profanar a santa instituição estabelecida por Deus”.
Agora, mais 4 juízes estão renunciando a seus cargos citando a fé cristã como o principal motivo para suas decisões. Os juízes são: Bill Stevenson, do condado de Gaston; Tommy Holand, do condado de Graham; Gayle Myrick, do condado de Union e Jeff Powell, do condado de Jackson.
“Era algo que eu tinha que fazer por causa da minha consciência. Eu senti que realizar uniões legais de pessoas do mesmo sexo seria uma violação dos mandamentos do Senhor e eu não podia fazer isso”, declarou Stevenson à rede WCNC-TV . “O ensinamento bíblico diz do que adianta um homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma? Por isso, resolvi parar”.
Num tom similar, o juiz Myrick ressaltou que o casamento deve ser apenas entre um homem e uma mulher. “Para eu fazer o que o Estado me obrigaria a fazer, sob as penas da lei, precisaria ir contra as minhas convicções. Eu simplesmente não estava disposto a fazer isso. Quero honrar o que a Palavra diz.”
O juiz Powell, que também é pastor da Igreja Wesleyana de Tuckasegee, confirmou que estava deixando o cargo por causa da questão do casamento gay, mas se recusou a dar entrevistas.
Embora sejam apenas seis dentre os 670 magistrados que trabalham para o Estado da Carolina do Norte, há notícias de outros juízes cristãos que embora não tenham se demitido, avisaram que não irão realizar os casamentos do mesmo sexo. De acordo com a nova lei, isso poderia levar à sua demissão.
O senador Phil Berger, juntamente com 27 outros senadores republicanos, pediu ao Escritório Administrativo da Carolina do Norte que proteja o direito dos funcionários do Estado que se recusam a realizar casamentos homossexuais por causa de suas crenças religiosas. Até o momento, não foi divulgada uma resposta oficial.Com informações de Christian Post.
Fonte: GOSPEL PRIME
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