sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Lição 05 - Deus abomina a soberba (CPAD) - Subsídios

DANIEL 4.30-33


INTRODUÇÃO

I – A PROVA DA SOBERANIA DIVINA (Dn 4.1-3)

II – DEUS FALA NOVAMENTE A NABUCODONOSOR POR MEIO DE SONHOS (Dn 4.4-9)

III – A PREGAÇÃO DE DANIEL

CONCLUSÃO


O JUÍZO DIVINO SOBRE A SOBERBA.

DANIEL 4.30-33

Na aula desta semana, aprenderemos de que forma a soberba domina o coração do homem a ponto de torná-lo endurecido para ouvir a voz do Criador. A história de Nabucodonosor exemplifica este fato. No auge do seu reinado, o rei não reconheceu a soberania divina e nem temeu ao Deus de Daniel que se mostrara presente na história de seu império. Antes, o rei se enrijeceu para com o Altíssimo e persistiu em se vangloriar da hegemonia alcançada em seu reinado. De modo que, a soberba engodou seu coração a tal ponto, que se tornou em afronta diante de Deus. Pois o egoísmo e a presunção do rei em achar que toda a grandeza do seu reino era para sua própria ostentação, fez com que Nabucodonosor perdesse a noção do propósito divino, para o qual, Deus o havia levantado.

Em vista disso, o Altíssimo interveio novamente na história do rei através de um sonho. Depois de consultar a todos os sábios e entendidos que havia na Caldéia, a fim de que trouxessem a interpretação da visão, por fim, o rei manda chamar a Daniel. Mais uma vez o jovem hebreu se apresenta diante da corte babilônica com a missão de dar entendimento ao rei do que seria a tal visão. De maneira precisa, o profeta hebreu descreve o declínio do reinado de Nabucodonosor e adverte ao rei para que se arrependa de suas injustiças e desfaça seus pecados diante de Deus. Pois brevemente, a justiça divina haveria de se manifestar sobre o rei, ao cabo de doze meses, trazendo um duro juízo sobre a postura presunçosa que o déspota demonstrara diante do Criador.

Após fazer declarações arrogantes e vangloriosas, a soberba do rei precedeu a sua ruína. Ao final, o tirano é arrancado dentre os homens e passa a comer erva como os bois, transformando-se em um animal. Dessa forma, o juízo de Deus se cumpre a fim de repreender o orgulho do rei babilônio. Nesta lição, analise com seus alunos a relação existente entre a soberania divina e a presunção humana. Explique como Deus realiza o seu juízo sobre os que se permitem ser dominados por esta mazela que consome a alma e leva a destruição.

O engano do coração de Nabucodonosor

Em face disso, ao invés de reconhecer a soberania divina, o rei se mostra enrijecido para ouvir a voz do Criador. A insistência em se vangloriar pela supremacia conquistada por seu reinado, fez com que a soberba se assenhoreasse do inculto coração do rei. Tal atitude pareceu mal aos olhos do Senhor, visto que Deus aborrece o coração altivo (cf. Pv 6.16,17). Não obstante tenha experimentado e visto com os próprios olhos a manifestação do poder do Criador na vida de Daniel e seus amigos, o rei não reconheceu a soberania divina. Antes, elevou o seu coração a ponto de afrontar o Deus Altíssimo com palavras de autosuficiência.

Acerca disso, o Dicionário Bíblico Wyciffe, define o orgulho da seguinte maneira: “Atitude de autoexaltação, com seu conceito de superioridade, pisando arrogantemente sobre os outros e, em sua independência espiritual, rebelando-se contra Deus com uma suposta autosuficiência. O uso de nove palavras hebraicas pelo Antigo Testamento indica a universalidade, natureza, efeitos e condenação do orgulho” (CPAD, 2010, p.1425). À vista disso, o egoísmo do rei foi acreditar que tudo quanto possuía e toda a grandeza de seu reino eram para a sua ostentação. Com isso, Nabucodonosor perdeu a noção e esqueceu-se do propósito divino para o qual foi constituído. A fim de subjugar vários povos que não temiam a Deus, o rei dilacerou as nações, transformando-os em pó, desprovendo reis de suas riquezas, levando escravos cativos para a Caldéia, dentre os quais, estava o povo de Judá. Porquanto, para isso foi constituído o poderoso Nabucodonosor.

Todavia, a arrogância em almejar assentar o seu trono acima de tudo e de todos, ecoou mal aos ouvidos de Deus. Assim, o Senhor dos senhores determinou a sua ruína, “a fim de que bendissesse o Altíssimo, e louvasse, e glorificasse ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração” (cf. Dn 4.34).

A soberba decorre em ruína

Em resposta a altivez de Nabucodonosor, o Altíssimo intervém novamente na história do rei através de um sonho. Havendo consultado todos os sábios e instruídos de todo império para fazer saber a interpretação do que seria aquela visão, o rei não obteve êxito, e por isso, manda chamar Daniel. Dessa vez, o rei relata o sonho ao jovem hebreu: estando sossegado em sua casa e florescente em seu palácio, o rei avistou uma árvore imensa e forte, cuja altura atingia o céu. Era vista por todos os confins da terra. Debaixo de sua folhagem formosa, todos os animais do campo encontravam sombra. Entretanto, a ordem superior determinara que a frondosa árvore fosse cortada e que seu tronco fosse mantido preso em cadeias. A visão deixa o jovem profeta atônito, de modo que esteve assim durante uma hora.

Ao final, Daniel declara a interpetação: “A árvore que viste [...] é tu, ó rei, que cresceste e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu e chegou até o céu, e o teu domínio, até a extremidade da terra. E quanto ao que viu o rei, um santo que descia do céu e dizia que cortasse a árvore, porém o tronco deixasse na terra, com cadeias de ferro e bronze, significa o decreto do Altíssimo que virá sobre o rei, pois serás tirado de entre os homens e tua morada será com os animais do campo e comerás erva como os bois, até que passem sete tempos sobre ti” (cf. Dn 4.20,22-24). Dessa forma, o Senhor determinou o duro juízo sobre a postura presunçosa de Nabucodonosor.

Ao cabo de doze meses, estando o rei passeando sobre o palácio real, fez declarações arrogantes e vangloriosas que ecoaram mal aos ouvidos de Deus. Em consequência, o rei foi tirado dentre os homens, e a sua morada foi com os animais do campo, de modo que a prepotência do rei resultou em sua queda. Assim, vemos o cumprimento claro do que diz a Palavra de Deus a respeito da soberba: “A soberba precede a ruína, e a altivez de espírito precede a queda” (Pv 16.18). Tendo em vista que no coração do rei, não foi achado entendimento para se humilhar diante do Soberano Criador, a consequência de sua conduta foi um deprimente abatimento. 

O juízo de Deus em repreensão à soberba

Não obstante, Deus tenha dado um período de doze meses para que o rei se arrependesse, a postura arrogante do tirano era deplorável diante da graça divina. Com isso, o juízo de Deus se cumpre a fim de repreender o orgulho do rei. O déspota é arrancado dentre os homens e passa a comer erva como os bois, transformando-se em um animal. Na obra Daniel, versículo por versículo, Severino Pedro descreve o estado caótico de Nabucodonosor da seguinte maneira: “o texto em foco mostra como o julgamento veio sobre Nabucodonosor conforme fora predito, e ele foi expulso do meio dos homens, aparentemente afetado da enfermidade conhecida como licantropia. A doença aqui referida está atestada em tempos pré-científicos, não sendo mais hoje mencionada por esse nome. O Dr. Montagu G. Barker, psiquiatra clínico, descreve o que segue: ‘No que tange à doença de Nabucodonosor, as características são de um bem agudo ataque de insanidade; a sua aparência dava ideia de que ele era de fato um animal. Porém, quanto à sua recuperação, podia ser imediata. Em outras pessoas, porém, não acontece assim’. Continua ainda o médico: ‘A pessoa que se recupera da citada doença, o fazia imediatamente. Seu discernimento e bom senso, como aconteceu com Nabucodonosor, voltava imediatamente’” (CPAD, 2005, p.87). Com isso, aprendemos por meio da maneira empregada pelo Senhor, que tornou conhecido o juízo sobre a vida de Nabucodonosor por causa de seu orgulho: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr 9.23,24).

Considerações finais

Em virtude disso, podemos concluir que a soberba, de fato, é um sentimento que endurece o coração do homem de modo que este se torne insensível para ouvir a voz de Deus. A história de Nabucodonosor nos mostrou um exemplo desta prepotência no coração humano. Embora tivesse sido um rei muito aclamado e bem sucedido, não poderia em momento algum deixar de reconhecer a soberania do Deus Altíssimo, que o havia exaltado com o propósito de abater as nações ímpias sobre a terra. Entretanto, o rei persistiu em se autovenerar por causa da hegemonia alcançada por seu reinado e não se humilhou, mesmo com a repreensão de Daniel para que se desfizesse de seus pecados e usasse de misericórdia para com os pobres. Com isso, o duro juízo de Deus se manifestou sobre o rei, pelo tempo determinado, a fim de que desse a glória devida a Deus e bendissesse o seu santo nome. Assim, a presunção e egoísmo do rei babilônico refletem a imagem de muitos nos dias atuais que também desprezam a soberania divina e são arrogantes perante Deus, porquanto só se preocupam com a autorrealização. Na aula desta semana, o professor poderá explicar que Deus trará a juízo toda altivez humana que se eleva contra a soberania divina. Esclareça também a respeito do cuidado que devemos ter para que a soberba não domine nossos corações em virtude da magnificência que Deus manifesta em nossas vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Enquete sobre EBD