Os principais jornais do mundo deram
destaque na terça-feira (18) aos protestos que mobilizaram mais de
250 mil pessoas na noite de segunda-feira (17) em várias cidades
brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e
Porto Alegre.
O El País, da Espanha, estampou a
manchete “Nossos 20 centavos são o parque de Istambul”, comparando os
protestos contra o aumento das tarifas de transporte público às
manifestações na Turquia contra a transformação de um parque em um
centro comercial. O jornal italiano Corriere della Sera
destaca, também na capa, que os manifestantes protestaram contra o
aumento dos preços das passagens de ônibus e os gastos públicos com a
Copa do Mundo de 2014. A matéria menciona ainda a afirmação do
secretário-geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto
Carvalho, que disse que a presidente Dilma Rousseff está “preocupada”
com os protestos.
A reportagem do jornal britânico The Guardian
afirma que a maioria das manifestações começou de forma pacífica, mas
ao longo dos protestos, houve enfrentamento entre manifestantes e
policiais. O jornal francês Le Monde publicou uma reportagem,
em tópicos, destacando as manifestações em Brasília, São Paulo, no Rio
de Janeiro e em Belo Horizonte. A violência é ressaltada no texto e nas
fotografias de manifestantes feridos. Há, ainda, menção ao jogo do Taiti
e da Nigéria, em Belo Horizonte, na Copa das Confederações.
O jornal norte-americano The New York Times
publicou texto com vários adjetivos informando que os manifestantes
reclamaram do “alto custo de vida e gastos extravagantes” com a Copa do
Mundo de 2014. O texto compara os protestos no Brasil aos ocorridos na
Turquia, em Nova York e Oakland, nos Estados Unidos, na Espanha, na
Síria, na Líbia, no Bahrein, no Egito e na Tunísia.
As mobilizações contra o aumento das
tarifas do transporte público começaram no inicio de junho. Ao longo das
manifestações, as bandeiras foram se multiplificando e os manifestantes
passaram a protestar também contra a corrupção, gastos públicos com a
Copa das Confederações e a Copa do Mundo, PEC 37 (proposta para
restringir o pode de investigação do Ministério Público), entre outros.
De maneira geral, os manifestantes tentaram se distanciar do partidos
políticos e não se vincular às legendas. A internet e as redes sociais
foram as principais ferramentas para a mobilização.
Fonte: Época e Verdade Gospel
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