At.te, Como Águia me Renovo
TEXTO ÁUREO
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações” (1Sm 8.4,5).
VERDADE PRÁTICA
Antes de tomar uma decisão, o crente precisa buscar a orientação de Deus, para que não venha a sofrer dolorosas consequências.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A vida cristã passa pela tomada de decisões. Tomá-las sem buscar a direção de Deus pode nos trazer grandes prejuízos. Assim, a lição desta semana trata de um tema importante do Antigo Testamento. O povo de Israel pediu um rei para ser igual às outras nações. A decisão do povo foi marcada pela aparência humana e dados superficiais. Tal pedido, mais adiante, trouxe graves consequências espirituais ao povo de Israel através do rei Saul. Aqui, encontra-se uma ótima oportunidade para refletirmos acerca do grau de dependência que temos do Senhor. Boa aula!
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Ao introduzir a lição de hoje, que tem como tema a instituição do primeiro reinado de Israel, faça uma síntese a respeito de como Deus conduzia o seu povo até aquele derradeiro momento. Como sugestão para essa síntese, use o seguinte texto como auxílio: “[…] Desde os dias de Moisés Deus governava Israel através de sacerdotes e juízes especialmente dotados com poder e habilidade. Quando Samuel, o último dos juízes, envelheceu, o povo pediu um rei para que eles fossem como as nações que estavam ao seu redor. O repúdio que demonstravam estava dirigido a Deus e a uma caminhada de fé. Eles desejaram imitar as nações não simplesmente no governo, mas também no espírito, dependendo de suas próprias possibilidades e poder ao invés de depender do Senhor (1Sm 8)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2010, p.1775).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“[…] Quando Saul se virou para partir em direção à sua casa, Deus lhe mudou o coração em outro (9). O humilde trabalhador rural estava a caminho de tornar-se um líder militar e civil. O Espírito de Deus se apoderou dele (10) e os seus conhecidos, ao vê-lo, perguntavam uns aos outros: Está também Saul entre os profetas? (11), uma frase destinada a tornar-se famosa em uma época posterior, sob as mais extremas manifestações de 19.23-24. Tornou-se provérbio (12) não significa necessariamente a partir daquele momento, mas pode ter sido na época posterior narrada no capítulo 19. Os versos 6-11 mostram ‘A criação de um novo homem’, pois Samuel disse a Saul: te mudarás em outro homem, 6. Aqui temos (1) Redenção — Deus lhe mudou o coração em outro, 9; (2) Renovação — O Espírito de Deus se apoderou dele, 10; e (3) Reconhecimento — todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava; então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis?” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.197).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Todos os anciãos de Israel (4) vieram até Samuel, para demonstrar uma ampla insatisfação com a situação. A sua exigência de um rei se baseava em duas razões: já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos (5), além do desejo de que o rei pudesse ser o seu juiz ou líder e de que eles pudessem ser como todas as nações. Este desejo de adequar-se aos outros, rebelando-se contra as características divinas, foi uma fonte de problemas para o povo de Deus em todas as épocas.
O descontentamento de Samuel (6) não ocorreu porque o povo julgou que ele estava velho e que os seus filhos não eram dignos de sucedê-lo, mas porque pediram um rei — fato no qual ele via claramente implicações profundas com envolvimentos morais e espirituais. Os seus receios se confirmaram quando o Senhor lhe disse: o povo não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele (7). A nação já tinha uma triste história de rebelião e idolatria, e estava, agora, apenas fazendo a Samuel o que já havia feito ao Senhor (8). Esperava-se que o profeta concordasse com o pedido, mas ele protestou e claramente informou os líderes do resultado da sua escolha (9)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.193).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL
A lição desta semana procura mostrar a tensão entre o desejo de uma nação e a vontade de Deus. Muitas vezes o desejo humano está na contramão da vontade de Deus. Nesse sentido, só há duas decisões possíveis: abandonar a vontade humana e abraçar a divina; insistir com a vontade humana e ignorar a divina. Assim, para sair dessa tensão, as Escrituras nos ensinam que buscar a direção de Deus é a melhor decisão a tomar em qualquer área da vida.
Resumo da Lição
Os três tópicos da lição têm os seguintes objetivos: I. Conceituar a palavra monarquia; II. Explicitar a escolha de Saul como rei; III. Especificar rei que o povo escolheu. No primeiro tópico, é importante destacar que o orgulho nacional, o fracasso dos filhos de Samuel e a rejeição ao plano de Deus contribuíram para o estabelecimento da monarquia. No segundo tópico, é importante registrar que a despeito da decisão do povo estar na contramão da vontade de Deus, Saul foi ungido rei pela vontade soberana de Deus. No terceiro tópico, ressalte que o povo estava mais pautado pela aparência do rei, que teria privilégios num novo sistema político em Israel.
Aplicação da lição
O Antigo Testamento relata que Deus sempre governou o seu povo por meio de sacerdotes e juízes. Tempos depois, houve uma transição para o governo marcado pela teocracia monárquica. Nesse sentido, o reinado de Israel ficaria parecido com os modelos monárquicos de outras nações. Aqui, é muito interessante fazermos uma reflexão acerca de nossa vida cristã. Quem a rege é o Senhor Jesus por meio do Espírito Santo. Logo, até que ponto se pode negociar os valores do Evangelho a fim de ser “melhor interpretado” pelo mundo?
A história da Igreja mostra que podemos, sim, ser relevantes ao mundo. Mas não podemos, ao mesmo tempo, nos iludir, achando que o mundo nos aceitará quando conhecer o que realmente cremos e pregamos acerca do pecado, da nova vida com Cristo, do ensino sobre os padrões bem delimitados para a ética e moral cristã que vão na contramão do “progressismo” cultuado pelas classes falantes de hoje.
Portanto, qualquer decisão que tomemos em nossa vida pessoal, ou de ação da igreja local, deve estar aos pés de Cristo, pedindo-Lhe orientação e direção para que tudo o que fizermos, Deus seja glorificado.
Fonte: Revista de Lições Bíblicas de Adultos e Revista Ensinador Cristão (CPAD)
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