Publicação voltada para o público
homossexual no Brasil, Lado A, divulga anualmente uma lista com dez
nomes de pessoas consideradas “inimigos públicos” do movimento gay no
país. Este ano, a mesma é formada em sua maioria por cristãos, entre
eles o pastor Silas Malafaia.
A presidente Dilma Rousseff também
aparece, por desagradar a diversos setores sociais. Se por um lado, os
políticos evangélicos se queixam de seu governo estimular e patrocinar a
militância homossexual, pelo outro lado os ativistas gays a veem como
inimiga por não autorizar o “kit gay” nas escolas.
Confira a lista:
Presidente Dilma Rousseff (PT): A
lista de queixas dos ativistas gays com a presidente é extensa: “Não
dirigiu palavra aos homossexuais desde que assumiu seu mandato e parece
ignorar o cotidiano de homossexuais no país [...] Ao vetar o projeto
Escola sem Homofobia, em 2011, a presidenta deixou claro que seu governo
não faria propaganda de opção sexual que fosse. Dilma também não se
manifestou com as decisões favoráveis aos gays da Justiça Brasileira, ou
contra políticos homofóbicos”.
Pr. Silas Malafaia:
a referência ao líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) se
estende às suas declarações. Segundo a publicação: “Um dos pastores
evangélicos mais ricos do país, Silas Malafaia adora usar o tema da
homossexualidade para se projetar. Fã do termo ‘ditadura gay’, psicólogo
por formação, é a favor do projeto de cura gay. Aliás, ele mesmo
defende que a homossexualidade é um comportamento que pode ser
modificado”.
Senador Magno Malta (PR/ES): Tido
como “velho conhecido” da lista, o senador capixaba é apontado como
alguém que é inimigo do movimento homossexual pois “se manifesta contra o
casamento gay e prometeu mover ação de inconstitucionalidade contra o
STF e o CNJ por causa do casamento gay”.
Dep. federal João Campos (PSDB/GO): Foi
lembrado pelo mais polêmico de seus projetos: “Este tucano é autor do
Decreto Legislativo PDC 234/11, que visa suspender artigos de resolução
(Resolução 1/99) do Conselho Federal de Psicologia que proíbem
psicólogos de propor tratamento da homossexualidade, o chamado ‘cura
gay’”.
Pr. e Dep. federal Marco Feliciano (PSC/SP): A
publicação diz que o deputado é “dono de sua própria rede de igrejas” e
“conhecido por suas declarações racistas e homofóbicas”. Feliciano já
esteve em listas anteriores da revista, e afirma que o pastor “galgou a
presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara para pregar sua fé
e defender projetos como o da ‘cura gay’ e a derrubada da decisão do
Conselho Nacional de Justiça que permitiu o casamento gay em todo o
país”. Segundo a Lado A, Marco Feliciano seria o autor de um projeto
para a criação do “Dia do Orgulho Hétero”.
Dep. federal Jair Bolsonaro (PP/RJ): é
classificado como o “autor de termos como ‘Ditadura Gay’ e ‘Cartilha
gay’” e suas frases foram o principal mote de sua indicação, segundo a
revista: “Ele quem começou toda esta onda de usar a mídia com
declarações homofóbicas para se auto promover. Apesar de discreto nos
últimos tempos, ele e seus filhos, um é vereador e outro deputado no
Rio, não perdem uma chance de fazer chacota com homossexuais e a posar
de macho alpha”, diz o texto.
Dep. federal Anthony Garotinho (PR/RJ): A
atuação do ex-governador na questão do chamado “kit gay” foi alvo da
ira dos ativistas gays: “Chegou a chantagear o governo federal para a
retirada do Kit Escola Sem Homofobia, causando uma crise no governo. O
kit foi retirado e até hoje as escolas não possuem um programa de
combate a discriminação e ao bullying. O deputado vota contra todo
projeto de lei a favor da comunidade gay e articula com a bancada
evangélica as ações, mas não coloca mais a cara à frente na maioria das
vezes, já que tem ambições políticas grandes”.
Marisa Lobo, psicóloga: integra
a lista por defende publicamente a “reversão da homossexualidade”. A
publicação diz que a psicóloga “afirmou que não considera a
homossexualidade normal”.
Joelma Mendes, da Banda Calypso: A
cantora, declaradamente evangélica, foi incluída por suas declarações
contrárias ao casamento gay: “Disse que conhece pessoas que deixaram de
ser homossexuais, mas que a recuperação era como a de drogados, e que a
Bíblia diz que não é correto ser gay”.
Emerson Eduardo Rodrigues Setim, blogueiro: foi condenado
por crimes de ódio e preconceito, e foi indicado por ser um dos autores
de um blog que, segundo a revista, “defendia a pedofilia, estupro de
lésbicas, e outros pensamentos racistas e homofóbicos”.
Fonte: GM e Verdade Gospel.
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