terça-feira, 10 de novembro de 2015

Lição 7: A família que sobreviveu ao Dilúvio (SUBSÍDIOS)


O quadro acima mostra fatos que a narrativa de Noé destaca em relação ao texto de Gênesis de 1 a 3. Em primeiro lugar, a expressão de que “andou Enoque com Deus” (Gn 5.24) e a repetição com a pessoa de Noé — “Noé andava com Deus” (Gn 6.9) — fazem eco para uma vida de justiça e se correlacionam com Adão e Eva, o primeiro casal, que andava com Deus no jardim. Neste sentido, a narrativa de Noé intensifica uma série de paralelos com a de Adão e Eva:

1) A terra se torna, de certa forma, novamente sem forma e vazia (Gn 7.17-24), como em Gênesis 1.1;

2) O restabelecimento do ciclo das estações (Gn 8.22), como em Gênesis 1.14;

3) Nova ordem para a multiplicação do gênero humano (Gn 9.6), como em Gênesis 1.27;

4) Houve, então, um novo começo (Gn 9.1), como tudo começou em Gênesis 1.1.

Entretanto, da mesma forma que Gênesis 3 narra a queda do primeiro casal, a narrativa de Noé mostra uma “queda” que envolveu a embriaguez de Noé e a maldição do filho mais novo de Cam, Canaã. Ou seja, a história de Noé repete a história do ser humano: Criação, Queda, mas promessa de Redenção. A narrativa conclui com a bênção sobre Sem, de cuja descendência virá a redenção da humanidade. A história do Dilúvio nos revela a chance que Deus deu para a humanidade, mergulhada em violência e corrupção, arrepender-se do mau caminho. Ela mostra que, para Deus, formar o homem conforme a Sua imagem e semelhança foi bom, apesar de tudo. O relato de Noé aponta para a pessoa bendita de Jesus Cristo, a grande “Arca” que deseja livrar mais uma vez a humanidade do caos existencial, do caos psicológico, espiritual, moral e ético, e de tudo o que força o ser humano a uma natureza que nada tem a ver com o que o Pai deseja a seus filhos. Como aconteceu nos dias de Noé, o caos insiste em aterrorizar nossa vida, mas “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).

Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015.

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