quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Lição 04: Alegria, fruto do Espírito; inveja, hábito da velha natureza (ADULTOS)

I-INTRODUÇÃO
II-ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
III-INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
IV-A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
V-CONCLUSÃO

Prezado professor, já estudamos a respeito do que são as obras da carne e o fruto do Espírito, o propósito do fruto do Espírito e o perigo das obras da carne. A partir da lição do próximo domingo, estudaremos de modo mais específico um aspecto do fruto do Espírito em oposição as obras da carne.

Na lição do dia 22 temos duas palavras-chave: alegria e inveja. É importante que você e seus alunos conheçam a definição destes vocábulos para que tenham uma compreensão melhor da lição. No hebraico a palavra alegria é sãmah e segundo o dicionário Vine1, significa uma emoção espontânea ou felicidade extrema. No grego a palavra é euphrainõ e significa estar feliz, regozijar-se, tornar-se alegre. É importante ressaltar que esta felicidade não é uma emoção passageira, resultado de um aumento de salário, uma premiação, a compra da casa própria, a posse de bens materiais ou do uso de alguma medicação. Essa alegria é produzida pelo Espírito Santo em nosso interior e vem diretamente de Deus, pois somente Ele é a fonte e a origem do verdadeiro contentamento. Vivemos em uma sociedade materialista e consumista, onde as pessoas associam alegria e bem-estar a compra de bens. Quando não se é possível (em tempos de crise econômica) comprar ou esse ato já não proporciona “felicidade”, muitos partem para o uso (indevido) dos remédios. Na década de 80 surgiu um medicamento chamado “prozac”. Ele foi considerado a pílula da felicidade. Logo depois veio à “fluoxetina” com a promessa de ajudar as pessoas a se sentirem alegres e motivadas. Sabemos que algumas pessoas, em especial as que sofrem de depressão, até precisam fazer uso desse tipo de medicação, mas não podemos nos deixar enganar: droga alguma é capaz de nos fazer realmente felizes. Nossa alegria vem de dentro para fora e é resultado da nossa comunhão com Deus, mediante a sua infinita graça. Jesus declarou que no mundo teríamos aflições (tristezas) (Jo 16.33), mas Ele também prometeu que daria uma alegria permanente aos súditos do Reino e que essa alegria não seria circunstancial.

O texto utilizado na Leitura Bíblica em Classe da lição (Jo 16.20-24) é parte de um diálogo entre Jesus e seus discípulos. Parece que a fala do Mestre nos versículos 17 e 18 deixam os discípulos confusos. Então, Jesus explica que ao presenciar a sua morte, eles ficariam tristes e desolados enquanto o mundo (os pecadores sobre o engano de Satanás) se alegraria. Mas, a tristeza dos discípulos seria momentânea e iria durar somente até a sua ressurreição, que ocorreu no terceiro dia. Nos versículos 21 e 22 Jesus se utiliza de uma ilustração, bem conhecida de todos, a respeito de dor e alegria para que não houvesse mais dúvidas a respeito do que estava sendo ensinando. Continuando com o diálogo e ensino, nos versículos 23 e 24, o Mestre instrui a respeito do orar em seu nome ao Pai. Os discípulos ainda não tinham ouvido nada a esse respeito, e nem mesmo orado a Deus em nome do Filho. Jesus esclarece que as orações em seu nome seriam ouvidas e atendidas: “tudo o que pedirdes em meu nome”. Contudo, segundo o Comentário Bíblico Pentecostal1, ‘“tudo” não é um cheque em branco. Jesus está exortando-os a pedir o Espírito; é Ele quem trará alegria. Jesus dará o Espírito, e eles o receberão”.
Em oposição à alegria do Espírito, veremos a inveja, ou seja, a tristeza, a dor, diante do sucesso e dos bens que o próximo possui. O invejoso deseja intensamente possuir o que o outro tem. Ele também fica pesaroso diante da felicidade de outrem. Tem pessoas que até choram com a dor do outro, mas se incomodam com a felicidade alheia. Como você se sente diante das conquistas e alegria do próximo?

Atualmente, as redes sociais têm ajudado a disseminar a inveja. Uma pesquisa recente, realizada por uma empresa russa de segurança digital, comprova que as redes sociais não somente aproxima as pessoas, mas também promovem a inveja e a tristeza. Pois, nas redes sociais, todos estão sempre felizes, arrumados, bem vestidos, em lugares especiais, etc. Os “amigos” virtuais, ainda que inconscientemente, ao verem as imagens passam a acreditar que suas vidas são ruins e querem ter o que o outro tem (cobiça, inveja). É claro que ninguém vai postar fotos limpando a casa, chorando, deprimido, ou seja, suas lutas e dores, o que passa a ideia de que vidas dos outros é o que diríamos “um mar de rosas”. Também tem aqueles que gostam de ostentar, exibir seus bens, pois segundo eles gera prestigio e mais ascensão social, porém essas pessoas estão de alguma forma contribuindo para o aumento da cobiça e da inveja. Por isso, temos visto tantas pessoas emocionalmente e espiritualmente doentes.

A Palavra de Deus recomenda que sejamos cheios do Espírito Santo para que não venhamos dar lugar as obras da carne (Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa velha natureza pecaminosa. Precisamos nos encher constantemente do Espírito Santo para que possamos ter uma vida santa e justa, livre do pecado. Deus nos chamou para uma vida de santidade e pureza, por isso cuidado com o grave pecado que não deveria jamais encontrar lugar no coração dos crentes: a inveja. A Bíblia declara que os que cometem tais coisas, se não se arrependerem, “não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21).

SUGESTÃO DIDÁTICA:

Faça no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar o que é a verdadeira alegria e a sua origem. Discuta com os alunos os tópicos.
 1. Salvação
 2. Atos poderosos de Deus.
 3. Espírito Santo. 
 4. A presença de Deus.
 5. A bênção de Deus.
Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14.ed.Rio de Janeiro: 2011, pp. 33, 385
2 Comentário Bíblico Pentecostal. Vol I. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 591.
* Por Telma Bueno - Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos

FONTE: Lições Bíblicas - CPAD

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