quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Desafiando a física e a metafísica

O texto de 1 Coríntios 15.52 diz o seguinte: “Os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados”. A transformação acontece duplamente nos mortos sepultados e nos vivos sobre a Terra, no caso, a Igreja.

Desafio à física

As leis da física no universo regem os campos materiais e suas propriedades. Todas as mudanças e transformações dentro desse campo obedecem a um princípio divino estabelecido pelo Criador do Universo. Antony Lavousier, famoso químico francês do século 16, declarou certa feita que “nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Sua ideia de transformação no campo físico tinha a ver com as mutações naturais que acontecem na natureza criada. Entretanto, o tipo de transformação de que Paulo escreveu é mais que um processo de metamorfose, porque se trata de um fato instantâneo em que o tempo não conta.

As transformações terrenas que acontecem no campo da física são restritas. Mas a transformação do material para o espiritual não é conhecida pelo homem, porque é uma obra específica de Deus. No campo material, quando um corpo é sepultado, há uma degeneração da matéria em líquido gasoso típico de uma transformação negativa do material para o material. Porém, como explicar pelas leis da física a transformação dos mortos e dos vivos em corpos espirituais? A metamorfose espiritual que acontecerá nos corpos dos santos em Cristo será por um processo rápido e instantâneo. As leis da física são desafiadas pelo poder ressuscitador e transformador de Cristo na sua volta. Naquele dia e hora, as leis da física que mantêm nossos corpos sob o poder temporal e corruptível perderão a sua força ante o poder da vinda de Cristo. Naquele momento, o material será revestido de imaterialidade; o corruptível de incorruptibilidade; o terreno será desfeito pelo celestial.

Nos sepulcros, no fundo dos mares, dos rios e dos abismos, sob a crosta terrestre, em qualquer lugar onde houver o corpo de um santo espalhado, esmagado, queimado, diluído ou petrificado, todas as partículas soltas serão reunidas e transformadas em corpos espirituais e gloriosos. Naquele dia, os santos vivos, com todas as limitações de seus corpos terrenos, também sofrerão a gloriosa metamorfose espiritual “num abrir e fechar de olhos”.

Novo corpo

Nesse processo milagroso de transformação de nossos corpos mortais, toda a decadência e corrupção temporal perderão a sua força. Os corpos transformados serão imunes à dor, à velhice e ao sofrimento, conforme está escrito: “Semeia-se em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se me ignomínia, ressuscitará em glória”, 1 Co 15.42-43.

Por causa da queda de Adão, seu corpo perdeu a glória original, tornando-se corruptível e temporal. Toda a sua descendência foi afetada pela maldição do pecado. Mas Jesus desfez essa maldição propiciando a transformação desse corpo inglório para termos um corpo glorioso semelhante ao de Jesus Cristo. Veja o que Paulo em Filipenses 3.20-21: “Mas a nossa pátria está nos céus, donde aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação para ser conforme ao corpo de sua glória”.

Nossos corpos atuais humilham nosso ego, revelam suas limitações temporais, porque são humilhados pela dor, pelas doenças, pela degeneração do tecido, pelas mutilações, pelo tempo e pela sepultura. Mas a nossa esperança é a transformação desse corpo de humilhação em um corpo glorioso e espiritual. Vê-se em tudo isto o triunfo da incorruptibilidade sobre o incorruptível; do celestial sobre o terreno; do eterno sobre o temporal.

 

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