Pastor Saeed Abedini é cidadão americano e foi preso por professar a fé cristã

O Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ), que defende os direitos humanos e liberdade religiosa, com sede nos EUA, disse nesta segunda-feira (26) que um tribunal de apelações em Teerã rejeitou o recurso do pastor americano Saeed Abedini, que pedia a redução de sua pena de oito anos de prisão.

Segundo comunicado distribuído pelo Centro Brasileiro para Lei e Justiça (CBLJ), a ACLJ está se empenhando em explorar todas as possibilidades legais e governamentais disponíveis. “Estamos explorando todas as opções, incluindo apelar para os EUA, Brasil e outros países ao redor do mundo, e assim gerar pressão sobre o Irã. A decisão é profundamente preocupante e ressalta a continua violação dos princípios da liberdade de religião, de associação, de reunião pacífica e de expressão por parte do governo iraniano”, disse Jordan Sekulow, Diretor Executivo do ACLJ, que representa a família do pastor Saeed.
Sekulow acrescentou: “Esta decisão legal também sinaliza um novo nível de preocupação com a segurança do pastor Saeed. Ao manter a sentença, o pastor enfrenta agora a possibilidade de sofrer espancamentos e abusos dentro prisão de Evin. Tratamento que o enfraqueceu significativamente durante o seu primeiro ano preso”.
“A notícia é devastadora para a nossa família”, disse Naghmeh Abedini, esposa do pastor. “Nos próximos dias teremos uma consulta com um advogado no Irã para determinar o próximo curso da ação. A família poderia apelar para o Supremo Tribunal em Teerã ou pleitear o Líder Supremo, aiatolá Khamenei, para intervir nessa situação. A partir de casos passados, sabemos que a decisão de libertar o meu marido encontra-se unicamente à mercê do Líder Supremo”.
Naghmeh Abedini também expressou desapontamento com o governo dos EUA.
“Estou decepcionada! Como um país que foi fundado sobre a liberdade religiosa tem sido estranhamente silencioso com um cidadão americano que está definhando em uma prisão iraniana? (…) Meu marido está detido há oito anos na prisão de Evin e enfrenta ameaças diárias e abuso pelos radicais porque ele se recusa a negar sua fé cristã. E, no entanto, nosso presidente Obama não falou uma palavra sobre ele. Ao comemorarmos o 50º aniversário do histórico discurso defendendo a liberdade do Dr. Martin Luther King, um americano corajoso que deu sua vida para lutar pela liberdade que é tão fundamental para o nosso modo de vida, estou extremamente desapontada que o presidente Obama tenha escolhido se permanecer em silêncio sobre este caso crítico dos direitos humanos e religiosos de um americano preso no Irã”.
Naghmeh acrescentou: “Eu espero e oro para que, como nação, percebamos que se nós não falarmos contra a injustiça será apenas uma questão de tempo antes que todos os nossos filhos tenham de enfrentar o que os meus filhos estão enfrentando hoje”. Como o Dr. Martin Luther King Jr. disse: ‘A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar’”.
A decisão de rejeitar o apelo do pastor Saeed veio no último domingo (27), da 36º Filial do Tribunal de Apelação de Teerã e foi proferida por um painel de dois juízes, que se recusou a fornecer ao advogado do pastor cópia por escrito da decisão.
Haverá vigílias de oração em todo o mundo no dia 26 de setembro, num esforço em conjunto para chamar atenção a situação do pastor Saeed. Essa é uma oportunidade muito importante para defender a nossa liberdade. Informações sobre essa ação podem ser adquiridas no site www.SaveSaeed.org.

Fonte: Centro Brasileiro para Lei e Justiça e VERDADE GOSPEL.